domingo, 27 de maio de 2018

Sexto dia da greve dos caminhoneiros contra preços dos combustíveis

Ao todo, 387 pontos de bloqueio em estradas permanecem na manhã deste sábado, 26; decreto do presidente Michel Temer permite uso de forças de segurança

Iniciada na última segunda-feira, a greve dos caminhoneiros chegou ao 6º dia neste sábado, 26, com ainda 596 pontos bloqueados em estradas de todo o país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A preocupação do governo do presidente Michel Temer (MDB), além da circulação das estradas, é a de que os caminhoneiros voltem ao trabalho e evitem o agravamento da crise de abastecimento. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), anunciou, entre outras medidas, que donos de transportadoras paradas intencionalmente serão multados em 100.000 reais por hora, conforme autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Motoristas parados que, em suas cargas, tenham insumos do setor da saúde, serão multados em 10.000 reais por dia.

Acompanhe as últimas notícias sobre a greve dos caminhoneiros e a falta de combustível:

Em entrevista coletiva sem grandes novidades, o governo anunciou no começo da noite deste sábado um balanço do sexto dia da greve dos caminhoneiros. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, afirmou que a situação dos aeroportos está “quase normalizada”. Seu colega Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública, anunciou que mais da metade dos pontos com interdições por grevistas nas estradas do país ainda persistem. Segundo relatório da Polícia Rodoviária Federal divulgado após a coletiva, há 577 trechos liberados, contra 586 que ainda exibem interdições ou interdições parciais. Em São Paulo, 97% das estradas estariam desbloqueadas, contra 70% no Distrito Federal, 62% no Ceará e 64% na Bahia.

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), anunciou na tarde deste sábado que chegou a um acordo de cinco pontos com líderes dos caminhoneiros para encerrar a greve da categoria no estado. A principal medida é que o eixo suspenso, utilizado por caminhões quando estão circulando sem carga, passará a não ser cobrado nas rodovias paulistas a partir da 0h da próxima terça-feira, dia 29.

16:52 – Comitê do Governo volta a se reunir para avaliar andamento da greve
O comitê de gerenciamento de crise do governo federal, formado pelos principais ministros, comandantes militares e direções da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, volta a se reunir as 17h para avaliar o panorama do sexto dia da paralisação nacional dos caminhoneiros. Entre os temas da reunião, as investigações da PF contra suspeitas de locaute na greve.

Alguns postos da capital federal começam a receber combustível na tarde deste sábado, 26. Por volta das 14h, um caminhão da BR Distribuidora chegou ao posto de combustível no Eixo W, na altura da quadra 203 Norte, escoltado por uma viatura da Polícia Federal.

No blog de Lillian Witte Fibe:
O movimento dos caminhoneiros é um protesto contra um preço essencial administrado pelo Ministério das Minas e Energia, hoje com Moreira Franco. Mas o nó foi no transporte.
Mais uma vez, nossa dependência de uma malha rodoviária desde sempre mal cuidada e estrangulada veio à tona.
E cadê o ministro dos Transportes?
Quem é ele?
Você não sabe?
fonte; veja.abril.com.br

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