sábado, 23 de abril de 2016

Dilma diz que pode acionar Mercosul em caso de ruptura na democracia Perguntada sobre como toda essa situação está afetando sua família, a presidente disse que preferia não comentar

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 22, que é vítima de um processo “absolutamente infundado” e que não há contra ela nenhuma acusação de corrupção, ao contrário, segundo ela, de outros políticos em Brasília. “Eu nunca recebi dinheiro para me beneficiar”, disse em entrevista a jornalistas no início da noite desta sexta-feira em Nova York. “Quem assumirá os destinos do País? Pessoas ilegítimas, pessoas que não tiveram um voto para presidente da República? Pessoas que têm na sua trajetória acusação de lavagem de dinheiro, de conta no exterior, de processo de corrupção?”, questionou Dilma durante a entrevista. A presidente disse que se houver a "ruptura democrática" no país, o Brasil pode ser expulso do Mercosul. "Está em curso no Brasil um golpe, então eu gostaria que o Mercosul e a Unasul olhassem esse processo. A cláusula democrática implica em uma avaliação da questão. Nós sempre fazemos essa avaliação", afirmou.
Perguntada sobre como toda essa situação está afetando sua família, a presidente disse que preferia não comentar. “Não posso falar porque dói, dói muito.” Dilma falou em diversos momentos de sua entrevista, que durou cerca de 25 minutos, sobre o que ela chamada de golpe para caracterizar o processo de impeachment que sofre no Congresso. “Aí falam que não é golpe. Não tem arma. Essa é uma visão incorreta do que é um golpe. Golpe é um mecanismo pela qual você tira as pessoas do poder por razões que não estão expressas nem na lei nem no acordo institucional em que o País vive”, disse a presidente.
Os golpes militares, disse Dilma, se deram rompendo a Constituição. “No meu caso, tem um jeito de dar o golpe. Basta a mão. Você rasga a Carta Constitucional e está dado o golpe. Rasga os princípios democráticos”, afirmou. “A coisa mais escutada no Brasil é que o impeachment no Brasil é político. Não é político não, é político e jurídico”, afirmou Dilma. “Ninguém pode olhar para um presidente e dizer 'não gostei, então agora encerrou tudo, vou assumir o poder de forma indireta, sem eleição direta'. Outro dia falaram que isso é uma vitimização. Vitimização, não”, disse ela, mencionando que o processo é infundado e que não cometeu crime de responsabilidade. fonte;correio24horas.com.br

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